{"id":1714,"date":"2019-02-08T11:17:55","date_gmt":"2019-02-08T13:17:55","guid":{"rendered":"https:\/\/baladacar.com.br\/?p=1714"},"modified":"2019-02-08T11:17:55","modified_gmt":"2019-02-08T13:17:55","slug":"empresas-de-onibus-pedem-fim-do-uber-juntos-e-ressarcimento-por-perda-de-passageiros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/baladacar.com.br\/2019\/02\/08\/empresas-de-onibus-pedem-fim-do-uber-juntos-e-ressarcimento-por-perda-de-passageiros\/","title":{"rendered":"Empresas de \u00f4nibus pedem fim do Uber Juntos e ressarcimento por perda de passageiros"},"content":{"rendered":"
Depois da disputa com os t\u00e1xis, o Uber agora est\u00e1 na mira dos \u00f4nibus. Desta vez, o motivo de disc\u00f3rdia \u00e9 o Uber Juntos, modalidade do aplicativo que permite a usu\u00e1rios que percorrem trajetos parecidos compartilharem a mesma corrida.<\/p>\n<\/div>\n
As empresas de \u00f4nibus alegam que o servi\u00e7o configura transporte coletivo irregular e j\u00e1 acionaram o poder p\u00fablico em 15 cidades para tentar barr\u00e1-lo. Em S\u00e3o Paulo, cons\u00f3rcios pedem compensa\u00e7\u00e3o por preju\u00edzos decorrentes da perda de passageiros e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) diz que no ano passado apreendeu carros ligados a apps em situa\u00e7\u00e3o de clandestinidade.<\/p>\n<\/div>\n
J\u00e1 foram apresentadas queixas em S\u00e3o Paulo, Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Aracaju (SE) e Macei\u00f3 (AL), al\u00e9m de nove cidades da regi\u00e3o metropolitana do Rio de Janeiro. Nas duas \u00faltimas capitais citadas, o servi\u00e7o ainda n\u00e3o est\u00e1 dispon\u00edvel.<\/p>\n<\/div>\n
A Uber diz que o servi\u00e7o Uber Juntos funciona atualmente em apenas seis cidades.<\/p>\n<\/div>\n
As companhias de \u00f4nibus dizem que o Uber Juntos faz concorr\u00eancia direta e “predat\u00f3ria” com os coletivos sem estar submetido \u00e0s mesmas regras que eles, como a necessidade de contrato por licita\u00e7\u00e3o, regula\u00e7\u00e3o e pre\u00e7os fixados, a obrigatoriedade de rodar em regi\u00f5es e hor\u00e1rios de pouco movimento, al\u00e9m da gratuidade para idosos e estudantes.<\/p>\n<\/div>\n
Elas argumentam que perdem passageiros e temem que as viagens compartilhadas por aplicativo evoluam para ve\u00edculos com capacidade para transportar mais pessoas, como j\u00e1 existe na China.<\/p>\n<\/div>\n
A Associa\u00e7\u00e3o Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) estima que a fuga de demanda pode ficar entre 5% e 7%, a princ\u00edpio. “Isso pode crescer se o modal sair do autom\u00f3vel e passar para uma van, por exemplo. Esses s\u00e3o os riscos que a gente tem pensado”, diz o presidente Ot\u00e1vio Cunha. Para ele, o Uber Juntos “\u00e9 o t\u00e1xi lota\u00e7\u00e3o travestido de nova tecnologia”. A entidade coordena o movimento e j\u00e1 apresentou carta \u00e0 Frente Nacional dos Prefeitos.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n<\/div>\n
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\n\nCompensa\u00e7\u00e3o financeira<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
\nEm S\u00e3o Paulo, as quatro concession\u00e1rias que operam as linhas que ligam a capital \u00e0s regi\u00f5es metropolitanas pedem, al\u00e9m de que o Uber Juntos seja coibido ou submetido \u00e0s mesmas regras que os \u00f4nibus, uma compensa\u00e7\u00e3o financeira pela suposta queda na arrecada\u00e7\u00e3o em fun\u00e7\u00e3o da perda de usu\u00e1rios para o aplicativo.<\/p>\n<\/div>\n
\nAs companhias solicitaram \u00e0 Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que fiscaliza e regulamenta o transporte na regi\u00e3o metropolitana, a instaura\u00e7\u00e3o de um processo administrativo para “recompor o equil\u00edbrio financeiro” em seus contratos de concess\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n
\n“O Uber Juntos faz a mesma coisa [que o \u00f4nibus], que \u00e9 chegar a alguns destinos a partir de pontos em que ele passa, sem ter que arcar com os \u00f4nus da regula\u00e7\u00e3o. Quando [o carro] pega quatro, cinco pessoas [em uma mesma corrida], muitas vezes o valor se aproxima do do transporte p\u00fablico. Isso tira passageiros e interfere em todo o c\u00e1lculo complexo da tarifa”, diz Ivan Lima, advogado do Setpesp, sindicato que representa os cons\u00f3rcios.<\/p>\n<\/div>\n